Em comunicado enviado ao nosso jornal, ABMG insurge-se contra um aumento significativo de quase 400% nas últimas faturas da EDP.
“A fatura mais recente, de apenas um dos mais de 200 contratos que a ABMG, Águas do Baixo Mondego e Gândara, E.I.M., S.A., tem com a EDP, sofreu um aumento de quase 400%”, afirma a empresa na nota que nos enviou. E prossegue. “A penúltima fatura recebida, correspondente ao período de faturação de 2 a 19 de agosto (17 dias, portanto), apresenta um valor total de 1 788,08€, calculado de entre quatro escalões tarifários que perfaziam, grosso modo, 0.10€ por kW/h.”
Já a sequente e última fatura recebida, do mesmo contrato (local de consumo), correspondente ao período de faturação de 20 de agosto a 1 de setembro (11 dias), apresenta um valor total de 5 500,76€, calculado de um escalão tarifário único, ora chamado “componente indexada OMEL”, de 0,40€.
O Conselho de Administração da ABMG, composto pelos municípios de Mira, Montemor-o-Velho e Soure, “insurge-se veementemente contra esta situação que, inevitavelmente, levará a um prejuízo financeiro e a um desequilíbrio das contas da empresa intermunicipal, a todos os títulos, insuportável e incomportável, questionando as entidades da tutela sobre medidas urgentes de incentivo que importa adotar, para evitar que uma entidade, que prossegue a prestação de um serviço essencial à população, se veja a forçada a pôr em causa a continuidade e a qualidade da prestação desse mesmo serviço, derivado de fatores externos, aos quais é totalmente alheia”.
Afirma ainda que, “com esta política de alavancagem de preços e empobrecimento das infraestruturas e do serviço público essencial de abastecimento de água, não se vislumbra como é que é possível garantir a tão propalada sustentabilidade destas organizações, considerando, inclusive, o facto de estarem limitadas no que à atualização do seu tarifário diz respeito”.
