Depois de reunião da Comissão Municipal da Proteção Civil, devido ao facto de ontem ter sido decretado por despacho a situação de contingência que leva a situação de alerta vermelho em várias zonas do país, nomeadamente em Mira, estamos desde a meia noite com o plano municipal de emergência ativado. Face a isto, o Executivo Municipal, a GNR, os Bombeiros e a Proteção Civil têm algumas mensagens a passar à população.
As condições meteorológicas vão agravar-se terça, quarta e quinta-feira desta semana, sendo amanhã, terça-feira, o dia mais crítico, com temperaturas a rondar os 38 graus e rajadas de vento que prometem não facilitar o trabalho dos bombeiros.
Segundo Raul Almeida, Presidente da Câmara de Mira, “Vamos tomar medidas. Vamos tomar distribuir um rádio SIRESP por todas as freguesias. Está instalado nos bombeiros um centro de coordenação municipal. Reunimos com as IPSS e com o centro de saúde no sentido de alertar para evitar ao máximo acionar os serviços de emergência, porque eles são precisos para o combate aos incêndios”, isto porque, sublinha o edil mirense, “há quem diga que as condições meteorológicas são piores do que as de 2017”. Raul Almeida faz também um apelo ao “uso controlado dos meios de urgência” para que os bombeiros possam ser mobilizados para os incêndios florestais e ao “uso racional de água”, numa fase em que a escassez é vasta.
Já o Comandante dos Bombeiros, João Maduro, afirma que “o objetivo não é criar o pânico social, é unicamente alertar as pessoas para o que aí vem. O dia de amanhã será o mais crítico em termos de condições climatéricas, com rajadas de vento forte do período da tarde, o que dificulta o combate aos incêndios, e no período noturno a temperatura mínima vai subir bastante, o que não vai permitir que haja a descida de humidade junto dos combustíveis finos, estando estes prontos para arder pela manhã”, deixando o conselho de que “a população mais vulnerável deve ser resguardada”.
O Comandante da Proteção Civil, Ângelo Lopes, explica a dinâmica dos trabalhos de preparação e prevenção, referindo que “estão já acionadas todas as máquinas do município e das juntas de freguesia” e que “temos a equipa de sapadores florestais em vigilância armada” e “estão a ser criadas equipas para ajudar na vigilância”, compostas também por civis, que “vão andar a circular pelo concelho no sentido de alertar para comportamentos de risco”.
Falou-se ainda da proibição de fogos e queimadas e do uso de maquinaria nos terrenos e o Comandante da GNR deixou a velha máxima de que “somos todos proteção civil”.