Junção, ponto de encontro, serão significados possíveis para a palavra grega “Súnapsis”. É também este o título do novo álbum que os músicos de Coimbra estreiam ao vivo, neste fim de semana: sábado às 21h30 no auditório do Conservatório de Música de Coimbra, domingo, às 18h00 no espaço ATRIUM, em Mira. Os bilhetes para os espetáculos e o CD podem ser adquiridos no local.
António Silva e Nuno Castelhano conheceram-se em 2018, durante a residência artística da canto-autora brasileira Adriana Calcanhotto, na universidade de Coimbra, como alunos do curso “Como escrever canções”. O resultado de um dos exercícios criativos desta experiência foi o tema intitulado “Amor não consumido”: uma canção que assumiu vontade própria de existir, pela fluidez com que passou da ideia à materialidade, canção que a própria Adriana Calcanhotto interpretou.
Do álbum Súnapsis, que entretanto já está disponível em CD e a partir do dia 8 nas plataformas de streaming, já se ouve por aí o single “Charme”, recentemente lançado.
A sonoridade dos temas desta parceria, tanto se caracteriza por melodias e letras simples que ficam no ouvido, como explora territórios mais complexos e menos convencionais. O resultado musical pode ser expresso num estilo pop-rock acessível, que mistura de elementos do jazz e de world music.
Os autores olham para a sua produção conjunta como canções que surgem e vão continuar a surgir da intuição, revestidas por uma camada aparente de simplicidade, capazes de interpretar os temas quotidianos e de entregar mensagens coerentes e com significado para quem as ouve. Mas há mais que um elo de forma a ligar as composições musicais do projeto: todas assumem a inevitável origem no poema, enquanto sentimento traduzido em canção.
