No passado dia 15 de agosto, e inserido na programação das festas do Seixo, realizou-se, no Seixo, a apresentação do livro “Cozinha Gandaresa – Saberes e Sabores da Gândara”, uma obra que contou com a coordenação editorial e gastronómica do Chef Luís Lavrador, e com a participação de 27 cozinheiros do povo, que, segundo os organizadores, “não sendo os Chefs de Cozinha que a gastronomia atual nos habituou, temperaram cada receita com as suas técnicas e, acima de tudo, com as suas histórias, transformando cada receita num mergulho ao passado, revivendo as circunstâncias alimentares e de comensalidade do século XX”.
A obra, editada pela Junta de Freguesia de Seixo Mira, conta, através da gastronomia, o que era a Cozinha da Casa Gandaresa, “epicentro da vida de uma família gandaresa, que trabalhava de sol a sol para conseguir trazer comida para a mesa”.
A mesa da sessão contou com a participação de Silvério Manata, que assinou o prefácio do livro, Rui Pedro Rocha, presidente da Junta de Freguesia do Seixo, Raul Almeida, presidente da Câmara Municipal de Mira, Luís Correia, em representação da ANAFRE, e do Chef Luís Lavrador.
Entre os assistentes, estavam Nelson Maltez, presidente da Assembleia Municipal de Mira, a vereador Madalena Santos, a vereadora da Câmara Municipal de Vagos e dirigente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Dulcínia Sereno e o padre Jorge Germano.
A “jogarem em casa” estavam Tiago Cruz, vereador da cultura, e Manuel Castelhano, escritor e sociólogo, e Luís Rocha, diretor do CEARTE e antigo autarca.
Adelaide Camarinha, Albano Lourenço, Alice Verdadeiro, António Gabriel, Augusto Pereira, Bruno Patusco Oliveira, Caros Saramago, Fatinha, Fernanda Ferreira, Gabriel Pinho, Graça do Ti Lei, Ilda Rocha, João Pedro Garrucho, Lídia Rousselot, Lurdes Frade, Manuel Baptista Maranhão, Manuel Tarenta, Maria Albina, Maria dos Anjos, Maria Seabra, Miguel Seabra, Nelson Cadete, Rafael Cardoso, Rosa Camarinha, Russo Correia, Silva e Zé Perdigão foram os cozinheiros que deixaram , as suas receitas nesta obra que, conforme escreve no prefácio Silvério Manata, é sinónimo de encontros porque “quando uma mão cheia de Seixenses se senta à mesa – à mesa dos afetos – é a Gândara toda que é para aí convocada”.
Raul Almeida, o edil mirense, frisa, na nota que escreveu no livro, que se deve saborear “então “a Cozinha Gandareza” não só como livro de gastronomia, mas também pelos saberes que em si contempla, como mais um ato de afirmação de nos mantermos nós mesmo, como sempre, genuinamente gandareses”.
O Rancho Folclórico Flores Vivas com as danças e, ainda alguns momentos tradicionais da vida das gentes do Seixo, ajudaram a complementar esta sessão.