A presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, garantiu na passada quinta-feira, 3 de agosto, que os serviços camarários “estão a desenvolver um trabalho absolutamente notável” na elaboração de candidaturas tendo em vista a obtenção de financiamento comunitário para projetos estruturantes, para que a autarquia “aproveite devidamente todas as oportunidades de financiamento” do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência e do Portugal 2030.
“É isso que temos estado a fazer relativamente a todos os programas de financiamento com avisos de abertura publicados e aos quais a autarquia pode concorrer”, referiu.
Ao intervir na sessão de encerramento do Dia do Empresário, realizado no âmbito do programa da 31.ª edição da Expofacic e que lotou o auditório da Biblioteca Municipal, a autarca adiantou que algumas das candidaturas do Município já foram aprovadas e outras aguardam aprovação. “Continuamos a trabalhar para submeter projetos que pretendemos ver executados a breve trecho, para benefício do concelho, dos munícipes, das organizações que os representam e também, claro, dos agentes económicos e sociais”, complementou.
Helena Teodósio não deixou, todavia, de manifestar alguma perplexidade pelo facto de os regulamentos excluírem o financiamento de infraestruturas e equipamentos coletivos estruturantes, sendo disso exemplo a construção do troço de estrada entre a rotunda da Estrada Nacional 109, a norte da Tocha, e as Berlengas, na zona de acesso à Zona Industrial da Tocha, obra que corresponde à 3.ª fase da Via Regional Cantanhede/Tocha e cuja função estruturante para a economia do concelho e da região é facilmente reconhecível. “Mas este é só um exemplo de vários outros que poderiam ser apontados”, observou.
A edil cantanhedense vincou, por outro lado, que é “absolutamente necessário” que Portugal supere rapidamente a baixa taxa de execução dos fundos europeus. “Quando digo taxas de execução refiro-me obviamente às entidades públicas e privadas e aos agentes económicos, pois também estes têm uma influência decisiva na velocidade e na eficiência com que os projetos financiados no âmbito dos planos são implementados e concretizados”, sustentou.
Helena Teodósio deixou ainda uma palavra de reconhecimento aos responsáveis das empresas representadas na Expofacic, pelo “inestimável contributo” que dão à crescente afirmação do evento.
“Encaramos a participação das empresas como absolutamente crucial para a identidade do grande acontecimento que por estes dias faz de Cantanhede local de visita obrigatória, pois essa participação é efetivamente um fator decisivo para a projeção que a cidade e o concelho adquirem por essa via”, justificou.
O programa do Dia do Empresário contou ainda com as intervenções de Cristina Antunes, presidente da Associação Comercial de Cantanhede, Luís Guerreiro, presidente do Conselho Diretivo do IAPMEI, que explicou os apoios ao abrigo do Portugal 2030 e do PRR, e de José Couto, presidente do Conselho Empresarial da Região Centro, que abordou o Acelerar 2030 – projeto que visa promover o crescimento de empresas de comércio e serviços por via da digitalização.