O Município de Cantanhede entregou, a 9 de outubro, aos grupos e associações musicais, recreativas e culturais do concelho, um apoio financeiro que totalizou 58.606,00.
Este envelope financeiro contempla 35 entidades de âmbito cultural, musical, recreativo e artístico, nomeadamente bandas filarmónicas, escolas de música, grupos corais, de teatro e de projeção etnográfica, entre outras.
2023 foi o ano em que a atividade sociocultural retomou na sua plenitude, depois de enormes restrições e privações causadas pela pandemia. Também por isso, o apoio municipal aumentou face a 2022. Os subsídios traduzem-se, assim, num manifesto apoio à prossecução da atividade do movimento associativo concelhio, com inequívocas repercussões nas freguesias, mas também pela região e pelo país.
“Apesar da conjuntura desfavorável que a administração local enfrenta, a Câmara Municipal valoriza o apoio ao associativismo, na perspetiva de que, ao fazê-lo, está a investir num fator decisivo para a coesão social das comunidades locais”, sustenta a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, que destaca “a vulnerabilidade a que o setor cultural está sujeito”.
“Estaremos sempre atentos às dinâmicas desta área e, dentro dos limites orçamentais, apoiaremos o tecido associativo sempre que necessários”, garante a presidente do Município.
Já o vice-presidente Pedro Cardoso, que tutela o setor da Cultura, reiterou a importância destes apoios. “É uma forma de valorizar as iniciativas do forte tecido associativo e contribuir para a dinamização da sua intervenção direta numa perspetiva de desenvolvimento integrado e sustentável do concelho. No fundo, é uma aposta na valorização e reconhecimento do trabalho meritório que tantos voluntários dedicados a estas áreas realizam em prol do interesse coletivo, assim como do papel ativo do associativismo e da diversidade das áreas de intervenção que abrangem”, considera.
O autarca referiu ainda que “esta cooperação com as associações culturais não se circunscreve à atribuição de subsídios, pois a Câmara Municipal, enquanto parceiro estratégico forte, continua disponível para o apoio logístico que sempre prestou e a financiar projetos específicos de comprovado alcance cultural ou, ainda, comparticipando investimentos na valorização de instalações e aquisição de equipamentos”.
A cada uma das quatro bandas filarmónicas foi atribuído um montante 4.500 euros; o montante global para as escolas de música foi de 6.156,00€ – considerando os 228 agentes em formação e residentes no concelho envolvidos neste processo cultural, tendo em conta o valor por cada aluno do concelho, atribuindo-se a cada elemento 27,00€ -; às associações com grupos de teatro foi atribuído o valor total de montante de 9.900,00€, cabendo a cada entidade com expressão nas artes de palco um valor até ao montante de 550,00€; aos grupos de projeção etnográfica um valor total de 18.600,00€, para apoiar sua atividade de recolha, preservação, promoção e divulgação etnográfica e folclórica, a distribuir da seguinte forma: 2.000,00€ a cada grupo folclórico federado ou equiparado a federado e 1.100,00€ a cada grupo não federado.
As agremiações que evidenciaram manifesto interesse cultural e que não se enquadram nas categorias anteriormente mencionadas também receberam apoio. Assim, aos grupos corais foi atribuído um valor total de 2.200,00€, correspondendo 550,00€ a cada uma das formações constituídas; às coletividades que têm vindo a desenvolver um programa no âmbito das artes plásticas e visuais, o montante de 1.000,00€; às associações e grupos que evidenciaram interesse cultural com expressão musical e coreográfica, o montante de 1.000,00€; e às associações e grupos com expressão musical, o montante de 1.750,00€, cabendo até 350,00€ a cada.
A concessão do apoio municipal pressupõe a assinatura de um contrato-programa com todas as coletividades envolvidas.