O tradicional presépio da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra (CBSC), instalado na Casa Municipal da Proteção Civil, na Avenida Mendes Silva, foi inaugurado hoje, na presença do presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, e do vereador com o pelouro dos Bombeiros e da Proteção Civil, Carlos Matias Lopes. O presépio é uma tradição iniciada há mais de 90 anos que, todos os anos, encanta miúdos e graúdos, e pode ser visitado até ao Dia de Reis, 6 de janeiro.
A realização do presépio tem a participação de todos os pelotões da CBSC, cabendo, a cada um, um trabalho específico. Trata-se de um trabalho de equipa cuja execução demora cerca de um mês e meio. A obra final, o tradicional presépio dos Bombeiros Sapadores, pode ser visitado na Casa Municipal da Proteção Civil todos os dias, das 10h00 às 20h00, até ao próximo dia 6 de janeiro. A par do presépio, a CBSC apresenta também uma exposição com material e equipamento antigo da companhia.
Este projeto já tem mais de 90 anos e iniciou-se, ainda, nas antigas instalações dos Bombeiros Sapadores, na Avenida Sá da Bandeira, sendo que, em 2004, foi transposto para a Casa Municipal da Proteção Civil. O presépio contém cerca de 150 figuras de barro pintado, com um terço destas a representar animais, numa área de 60 m2 e, no espaço exterior, podemos encontrar um estábulo com póneis e porquinhos-da-índia.
Toda a dinâmica do presépio é movida por um motor principal e complementada por inúmeras luzes. Ao longo dos anos, foram sendo construídos vários engenhos, por iniciativa dos bombeiros da CBSC, entre eles, a abertura da porta do castelo, o lagar do azeite, a oficina do ferreiro, a serração, a cegonha ou picota, a fonte, o lago, a nora, os moinhos movidos a água e a vento e a gruta onde nasceu o “Menino Jesus”.
Na construção do presépio tem sido dada prioridade à reciclagem, através da utilização de múltiplos materiais originalmente construídos com outros propósitos. Entre eles, a roda de um carro de mão, o volante e a bomba de água de uma máquina de lavar roupa, correntes de mota, carretos e pedaleiras de bicicleta, entre muitas outras peças. Na maior parte dos engenhos, apenas é feita a sua recuperação e manutenção. Alguns deles têm dezenas de anos e sobreviveram ao tempo de vida dos seus autores.