A Adamastor – Associação de Nadadores Salvadores de Mira perfez 6 anos de existência e, o Jornal da Gândara entrevistou o seu presidente, Pedro Morins.
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Que balanço faz destes 6 anos?
Foram seis anos desafiantes em que o balanço é francamente positivo. Primeiro e como nossa grande prioridade aquando da criação da Adamastor, conseguimos melhorar as condições de trabalho dos nadadores-salvadores garantindo um contrato de trabalho digno, que respeita o código de trabalho em Portugal. Implementamos três projetos diferenciadores e disruptivos que melhoram a qualidade da resposta da Proteção Civil de Mira contribuindo também para uma imagem mais positiva do nosso Concelho: Identificação ao perto e ao longe de todos os postos de nadador-salvador durante a época balnear; Serviço de Prevenção ao Afogamento que visa patrulhar as nossas praias de forma preventiva antes e após a época balnear; Adquirimos em 2023 um veículo todo o terreno Ranger Polaris equipado com kit primeiros socorros, oxigenoterapia, DAE e material de resgate aquático com o intuito de atuar de forma cooperativa com os Bombeiros Voluntários de Mira e Proteção Civil de Mira melhorando o tempo de resposta em caso de emergência. De forma mais associativa, colaboramos com diversas associações e entidades, quer no apoio às suas atividades garantindo melhores condições de segurança, quer em causas de impacto ambiental que é outra área sensível que procuramos de forma assídua sensibilizar através de eventos ou comunicações.
Tem sido fácil ou nem por isso o vosso trabalho?
O nosso trabalho ao longo deste período foi sempre um grande desafio. Em Portugal existe falta de cultura de segurança, fazendo com que se aja mais em reação do que de forma preventiva o que nos impacta de forma negativa na forma como conseguimos ver aprovados e/ou executados alguns projetos que visam melhorar as condições de segurança nos meios aquáticos do nosso concelho. No entanto, com muita persistência e com a abertura e apoio das entidades locais, temos conseguido levar a bom porto os objetivos que vamos traçando.
Consideram que a população está convosco?
É comum, quer pessoalmente, quer através das redes sociais, recebermos feedbacks bastantes positivos acerca do trabalho que temos vindo a desenvolver, sentindo-se que não só a população local, mas também quem nos visita tem confiança e consideração pelo trabalho que temos desenvolvido.
Quais os vossos objetivos futuros?
Nós acreditamos que para ser bem sucedidos a longo prazo, temos que continuar a garantir um crescimento sustentado da nossa associação. Isto faz com que não entremos em manobras ofensivas de tentar fazer tudo e depois não conseguir dar seguimento. Por isso, o nosso principal objetivo é manter o nível do serviço apresentado até então e no que for possível até melhorar. Sobre novos projetos, deveremos conseguir ainda este ano avançar com um direcionado às crianças, que irá de forma interativa sensibilizar as mesmas para os perigos do meio aquático e que terá também um grande componente de sensibilização para o impacto ambiental das nossas ações.