A alimentação é dos fatores ambientais que mais interfere na qualidade e longevidade da vida humana.
Quando escasseiam os alimentos, como acontece de forma crónica e criminosa em diversas regiões do planeta, locais de fome, de muita pobreza, a morte acontece cedo, muito cedo, as pessoas envelhecem precocemente depois de terem passado os poucos anos da sua vida sem comida, presas a doenças, a fugir à guerra no seu território, sem terem sequer a hipótese para se desenvolverem física e mentalmente de forma equilibrada.
Miséria e incapacidade são características claras de sociedades pobres, sociedades sem chão, sem nada. A duração média de vida ronda os 40 anos, mas já muito antes a grande maioria dos seus cidadãos mostra sinais visíveis de decadência física e psíquica. Aos 30 anos estão velhos.
Quando faltam alimentos em quantidade e qualidade tão necessários, o organismo não cresce, nem se desenvolve quer durante a gestação, quer durante a infância e adolescência.
Sem alimentos necessários o organismo não pode criar as defesas necessárias para lutar contra as agressões ao ambiente, nem consegue manter o ritmo de atividade com capacidade de resposta para a vida.
Onde há fome, o ser humano não atinge a maturidade, vive doente, dependente, morre mais cedo.
Que mundo este, onde guerras, miséria e a fome nos entra dentro de casa todos os dias sem que façamos nada para alterar o estado decadente e degradante desta podre e egoísta sociedade.
O que está acontecer contraria em toda a linha os propósitos fundadores das Nações Unidas, promover a paz, erradicar a fome. A guerra vai devorando o planeta, é contrária à felicidade dos povos. Quem a apoia ou se torna cúmplice, por razões, não se pode tornar num cidadão hipócrita a distribuir afetos.
A degradação e o desperdício alimentares são uma constante há décadas em Portugal, que urge alterar. Como? Eu sei!
Mário Moreira