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OS SABORES DO CHEF: 10 DE MARÇO – DESAFIO AOS POLÍTICOS

Sabores do Chef

Falar de alimentação e gastronomia é falar de excessos.

Alimentação traz consigo diversas interpretações de abundância alimentar na população portuguesa; os que comem muito de alimentos pobres, os que comem muito de todos os alimentos e os que comem “coisas”.

Os primeiros, inconscientemente, mas por uma necessidade de compensação do organismo abusam de alimentos, sobretudo nos hidratos de carbono, ficam cheios, mas ficam com fome de proteínas, de vitaminas e sais minerais.

Os segundos, pelo seu elevado poder social, abusam e desperdiçam os pedidos que as suas carteiras lhes conferem, muito embora, muitos deles, tenham consciência das necessidades alimentares, e, portanto, comem vegetais, frutas e peixe, mas abusam nas carnes vermelhas.

Os terceiros, estes pobres coitados, estão dependentes daquilo que lhes dão e são muitos que se encontram nestas circunstâncias; cantinas de hospitais, estabelecimentos prisionais, cantinas das escolas de ensino, IPSS, os bancos da caridade…

Assim se entende, que pessoas mal alimentadas sejam obesas. Estes cidadãos abusam (têm poucas opções, sobretudo financeiras) dos alimentos processados, embalados, os chamados alimentos pobres, comida de aviário, com muita gordura, bebem refrigerantes açucarados com muito gás, ou muito álcool.

Dois terços da população portuguesa, come mal ou não sabe comer.

Uma política de alimentação saudável é necessária e um direito de todos os cidadãos.

Se um povo culto é um povo livre, um povo saudável é um povo que sabe rejeitar ou escolher o que lhe faz bem. 

Estes cuidados alimentares aprendidos na escola como um pilar básico de cidadania poupava ao sistema nacional de saúde, muitos milhões de euros.

Lamentavelmente, nos manuais eleitorais dos partidos políticos, e, pelos debates na TV, não encontro estas sérias preocupações de uma política de alimentação saudável, o aumento da produtividade agrícola, a grande necessidade de combater a dependência pela nossa soberania alimentar.

Bom apetite e boas opções!

Um abraço gastronómico.

Mário Moreira

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