Fustigada que foi a relação da Igreja com a 1ª República e apesar da Concordata já celebrada por Salazar com a Santa Sé onde se enunciava uma separação Estado Igreja Católica,que o Estado Novo fez tábua rasa em benefício da Igreja Católica;foi a partir de 1940 que a Igreja Católica recebeu novamente o direito de propriedade perdido na 1ª República.Este elemento foi indispensável para que a ICAR pudesse fundar e dirigir escolas. Benefícios para o Clero que assim pode ascender ao primeiro escalão das personalidades nacionais. A ICAR e o Estado Novo caminharam lado a lado.A ICAR absteve-se da crítica ao Colonialismo mantendo isso sim uma atitude colaborante. Apoiou manifestações racistas e desumanas e atacou os seus detractores. Na Metrópole ajudou o Estado Novo a escolher os seus Quadros e Colaborantes.Tal era a ligação entre estas instituições ICAR/Estado Novoque contrariava os princípios evangélicos apresentados claramente no Novo Testamento,apoiando o Colonialismo.Esta simbiose monstruosa fez com que intelectuais da altura afirmassem só haver um Poder e não dois Temporal/Espiritual.
Como exemplo: A GNR expulsa em 1967 da Paróquia o Abade de Lourosa,desobediente do Bispo do Porto e a actuação da PIDE em 1966 castigando o Padre Felicidade Alves pároco em Belém.
Até o “O Gaiato”foi alvo de Censura.
Também e em abono da verdade vários padres católicos,assim civis católicos se insurgiram contra o Estado Novo, sendo as figuras mais conhecidas dessa oposição…António Ferreira Gomes ,Bispo do Porto e Mário Oliveira pároco da Lixa.
António Ferreira Gomes foi exilado em França até 1969, ano em que já se encontrava na figura de 1º ministro Marcelo Caetano.Este exílio foi consequência da carta que A.F.G. enviou em 1958 a Salazar.
Já em 1972 se deu a prisão de dois padres na Capela do Rato onde havia uma Vigília a favor da Paz-31/12/72. No “dito”Ultramar foi preso em Angola o padre Joaquim Pinto de Andrade e em Moçambique o próprio Bispo de Nampula Manuel Vieira Pinto foi retido pela PIDE.
Emergiu nas hierarquias uma aliança institucional onde a ICAR participa na legitimação e implementação das políticas do Estado Novo.
(esta pequena descrição foi retirada da pesquisa feita por Manuel G.Martins)
António Galo