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“O PS CHEIRA A MOFO”, DIZ CÂNDIDO FERREIRA A PROPÓSITO DA ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DO PS COIMBRA DE QUE FERNANDO PEREIRA DESISTIU

DO OUTRO LADO

Marcadas para 25 de março, as eleições para a presidência da Federação Distrital de Coimbra do PS acabam de sofrer uma baixa.

Fernando Pereira, um dos dois candidatos assumidos (o outro é João Portugal) desistiu da candidatura.

Cândido Ferreira, presidente da Comissão de Honra da candidatura de Fernando Pereira, disse ao Jornal da Gândara que “está inteiramente de acordo com as razões evocadas pelas centenas de militantes que já tinham mostrado o apoio a esta decisão” e, acrescenta, “orgulho-me de que este apoio ainda venha de velhos militantes.”

Aquele médico e escritor ainda refere que “ao entrar na sede em Coimbra, onde já não ia desde 1982, fiquei extremamente preocupado com o PS. A Sede, que no meu tempo, era um edifício arejado frequentado por centenas de pessoas por dia e onde, quase todas as noites, havia reuniões, cheira hoje a mofo, está completamente fechada, porque nem reuniões estão a ser convocadas. o PS cheira a mofo.”

Mais à frente, Cândido Ferreira frisa que “isto deu-me ânimo para perceber quão profunda e urgentemente tem que ser a total mudança do partido “e, continua “sendo eu um lutador, me deu ainda maior vontade de continuar na luta.”

“Essa não foi a opinião maioritária, mas aceitei-a e honra-me o facto de a candidatura se ter desenrolado de uma forma leal e justa na defesa dos ideais que fundaram o partido de que fui o primeiro detentor da sede de Coimbra que me foi entregue no dia 6 de maio de 1974 por António Campos”, termina aquele que presidiu à Comissão de Honra da candidatura de Fernando Pereira

Em nota de Imprensa chegada à nossa redação, o mandatário da candidatura agora desistente, Victor Camarneiro, diz que “a arbitrariedade política no PS não tem limites: João Portugal levado ao colo.”

A seguir refere que “não receamos eleições justas, não podendo continuar a compactuar com esta eleição, são as seguintes as razões por que não nos candidatámos:

1º – Porque, caso a nossa candidatura fosse eleita, teríamos de nos sujeitar a um secretariado destinado a servir o presidente demissionário e não outro;

2º – Porque, também na Comissão Política de Federação em funções, nem um único apoiante nosso ali tem assento;

3º – Porque, apesar das sugestões de correção das incongruências detetadas em todo o processo, para além de não terem sido levadas em conta, ainda nos exigiram a apresentação de uma moção estratégica na véspera do prazo de entrega, o que tornou praticamente impossível responder a tal premissa;

4º – Por último, porque, dadas as circunstâncias atípicas em que a mesma irá ocorrer, entendemos não dever legitimar esta eleição que, queira-se ou não, se encontra ferida de morte.”

A 25 de março, João Portugal, que foi número dois de Nuno Moita, será o único candidato a presidente da Federação de Coimbra do PS.

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