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MUNICÍPIO DE MONTEMOR-O-VELHO RECUPERA PÓRTICO DO SOLAR DOS PINAS

DO OUTRO LADO

O Pórtico do Solar dos Pinas, localizado no centro histórico da vila de Montemor-o-Velho, está ainda mais bonito após as obras de reabilitação promovidas pelo Município de Montemor-o-Velho.

A delicada intervenção decorreu entre novembro de 2021 e outubro 2022 e teve como objetivo a requalificação, estudo, preservação e divulgação do património municipal.

A beleza e a riqueza arquitetónica do Pórtico, classificado como imóvel de interesse municipal, estão agora colocadas em evidência, tornando ainda mais especial a visita à sede de concelho. Paralelamente, a recuperação solucionou as questões de integridade física e de estabilidade estrutural do Pórtico.

Promovida pelo Município de Montemor-o-Velho, a recuperação do Pórtico foi um projeto aprovado pela AD ELO no âmbito do DLBC (Desenvolvimento Local de Base Comunitária)/Rural LEADER AD ELO e ao abrigo da sua Estratégia Local, tendo sido alvo de candidatura ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020. A iniciativa teve um apoio no valor de cerca de 53 mil euros, com uma taxa de comparticipação de 80%.

O Pórtico do Solar dos Pinas pertence ao Solar da família Pina, de onde se destacam as figuras de Fernão de Pina e Rui de Pina. Entre os descendentes encontra-se Lopes Fernandes de Pina que veio a casar em Montemor-o-Velho com Leonor Gonçalves, filha de Pedro Gonçalves, cavaleiro-vassalo do rei D. João I e mulher Maria de Góis. Este fixou residência em Montemor, construiu uns grandes passos cercados e coroados de ameias. Segundo alguns autores, tratou-se de uma cópia do solar dos Pinas, em Espanha (Aragão), demolido em finais do séc. XVIII.

O atual Solar foi restaurado por Francisco de Pina e Sá, descendente da família dos Pinas. Hoje, este edifício encontra-se profundamente alterado, fruto de diversas reformas e acrescentos, mantendo-se, para além do Pórtico, o muro ameiado.

Em termos artísticos, o Pórtico é constituído por porta de verga curva e cimalha sobrepujada por concha, enquadrada por duas colunas dóricas em frente de pilastras colocadas em diagonal. Sobre as colunas, dois vasos espiralados com fogaréus e no espaldar as armas dos Pinas. Apresenta características barrocas não só no tipo de elementos decorativos utilizados (brasão e terminação das colunas) como na própria organização dos suportes.

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