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JUAN PATO: “TUDO COMEÇOU COM O MEU AVÔ DESDE OS MEUS CINCO ANOS. FOI ELE QUE ME PÔS ESTE VÍCIO E DESDE AÍ TENHO PRATICADO SEMPRE”

ENTREVISTAS

Juan Pato é um campeão. Recentemente venceu o Campeonato do Mundo em Pesca Embarcada no Alto Mar. O Jornal da Gândara este à conversa com ele.

 

Depois das vitórias que foste conseguindo ao longo do tempo, tens agora uma vitória maior que é seres campeão do mundo em Pesca Embarcada em Alto Mar. O que é que isto representa para ti?

Representa uma vitória boa porque é o fruto do meu trabalho. Tenho andado a trabalhar para isto, era um sonho que se tornou realidade.

Foi difícil chegar aqui?

Um bocadinho, um bocadinho. Foi muito trabalhoso. Trabalhei muito, abdiquei de muitas coisas para conseguir isto.

Ganhaste este campeonato representando quem?

Este título que eu ganhei foi título individual e título por seleções.

Foi onde? Quantos participaram?

Foi em Albufeira. Éramos 14 seleções e cerca de 70 concorrentes.

Foi uma vitória mais apetecida?

Sim, sim. Tinha lá adversários em que o trabalho deles é relacionado com a pesca. A bem dizer, treinam duas ou três vezes por semana. Eu treino quando posso. Não faço este desporto a tempo inteiro, dado que tenho outra profissão.

Estas provas em que participas “roubam-te” algum tempo. Até que ponto é que a família sai prejudicada?

Muito. Tenho roubado algum tempo à família porque as provas, o campeonato nacional, é sábado e domingo e tenho de sair daqui na sexta. E chego muito tarde. Basicamente, nesse fim de semana nunca estou com a família. E é complicado porque tenho a mulher e tenho dois meninos pequenos que precisam muito do pai e da mãe. E pronto: isto rouba-me muito tempo, rouba mesmo muito tempo.

Qual é o clube que representas?

É o Clube Naval Povoense, da Póvoa de Varzim.

E antes, que clube ou clubes representaste?

Comecei no Costa Azul, fiz a terceira divisão, a segunda, e um ano na primeira divisão. Depois, eles falharam com a palavra deles e eu resolvi mudar para a Póvoa de Varzim.

Praticas este desporto há quantos anos?

Federado, há nove anos. Mas, tudo começou com o meu avô desde pequenino, desde os cinco anos. Foi ele que me pôs este vicio e, desde aí, tenho praticado sempre.

Digamos que a tua grande influência, o grande culpado de seres hoje campeão é o teu avô João Augusto Domingues? 

Sim e quero dedicar esta vitória a ele que faleceu há 10 meses.

O teu avô acompanhava de perto a tua carreira, as tuas vitórias?

Sim, ele ainda chegou a ver alguns títulos meus.

O que é que se espera de ti como atleta nos próximos tempos?

Espero ganhar mais qualquer coisa. Não queria acabar só por aqui. Não é fácil, mas queria ver se conseguia ganhar ainda mais qualquer coisa.

Achas que isso é difícil?

Fácil, não é. É difícil, mas com dedicação e com trabalho, penso que ainda vou ganhar mais alguma coisa. Já fui três vezes vice campeão nacional, uma vez campeão nacional mas…espero começar a trabalhar para tentar ser novamente campeão nacional ou estar lá perto.

Sentes que, em Mira, o teu papel como atleta é reconhecido?

Sim, mas penso que devia ser mais. É reconhecido alguma coisa, não posso dizer que não, mas penso que me deviam dar mais valor ainda. Não é o suficiente. E deviam dar mais apoios.

Esperas por isso?

Sim, espero por isso. Os apoios são poucos. E isto não fica nada barato. Só nós é que sabemos o que gastamos.

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