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FORA DA CAIXA 16: FESTAS JUNINAS, O CULTO DA FERTILIDADE

Opiniao

O deus do trigo representa o grão que se enterra no ventre da terra, tal qual o órgão masculino do zangão é arrancado pela abelha rainha na sua dança nupcial e permanece incrustado nela, na espermateca. A fecundação da abelha é à custa da vida do macho. Eis aqui a razão por que os sacerdotes de Cibele e Artemisa em Éfeso se tinham de castrar e oferecer os seus órgãos masculinos à deusa.

Eis aqui uma achega ao que eu ouvia em menino que os padres eram capados.

As mulheres judias, pelo menos até ao fim do cativeiro elite na Babilónia, ano 587 AC, igual que outras adoradoras da Grande Deusa, ofereciam como substitutos dos órgãos dos seus maridos as peças fabricadas com a “carne” do deus do trigo morto, ceifado e panificado, e derrubavam vinho para simbolizar o sangues que fluiria do órgão masculino humano quando cortado, como no caso dos sacerdotes de Cibele.

Para se unirem com o deus, os fies comiam o pão e o vinho.

Assim se realizava o ritual do pão e do vinho, o corpo e sangue do deus do trigo.

Estes rituais de fecundidade realizavam-se por todo o mundo, e ainda hoje se realizam.

Manuel Ribeiro

Músico, engenheiro

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