O programa Portugal Imaterial, promovido pela Direção-Geral do Património Cultural, em curso no âmbito do 20º aniversário da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, assinala o último de três momentos, com “A Festa”, este mês. Com iniciativas descentralizadas a decorrer em todo o país, numa ação conjunta e em rede, o Município de Coimbra integra também o programa de comemorações, com propostas que promovem a salvaguarda, a valorização e a divulgação de um variado leque de manifestações que dinamizam o saber-fazer ancestral, a criatividade e a diversidade cultural através do património imaterial da região.
Ao longo de 2023, a Direção-Geral do Património Cultural, em conjunto com outras entidades e agentes com atuação na área do Património Cultural Imaterial (PCI), está a assinalar os 20 anos da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO com o programa Portugal Imaterial: Convenção UNESCO 2003-2023. Com uma ampla abrangência, que compreende o território continental e ilhas, esta celebração desenvolve-se em três momentos: O Encontro, O Território e A Festa. Terminado o primeiro momento e estando o segundo a decorrer até final do ano, o terceiro momento – a Festa – acontece de 17 a 22 de outubro.
Coimbra acolhe esta iniciativa, de 17 a 20 de outubro, com atividades promovidas pelo Município, em articulação com entidades locais, que convidam ao diálogo entre pessoas na sua diversidade e singularidade, à partilha de experiências e à descoberta e fruição da riqueza de artes e ofícios existentes no território, desde os instrumentos tradicionais, passando pelo brinquedo tradicional popular até à manufatura de esteiras e à tecelagem.
Assim, no primeiro dia da iniciativa, 17 de outubro, às 17h00, realiza-se uma oficina de instrumentos tradicionais de Coimbra, orientada pela Associação Museu da Música de Coimbra, na Liga dos Combatentes, em que o público poderá aprender técnicas de construção e de preservação de instrumentos como o cavaquinho, a viola toeira e a guitarra de Coimbra.
No dia seguinte, 18 de outubro, decorre uma oficina de brinquedos na Escola do Brinquedo Tradicional Popular (Loureiro), na qual o público poderá contactar com métodos de recolha de resíduos orgânicos e a sua transformação em brinquedos lúdicos e pedagógicos, sensibilizando para o valor educativo e psicossocial do conhecimento, preservação e reativação dos brinquedos tradicionais populares.
No dia 19 de outubro, às 15h00, a Sede do Grupo Folclórico de Arzila dinamiza uma oficina de execução de esteira de bunho e junção, recurso existente no Paúl de Arzila. As esteiras de bunho e junção são um artesanato típico da freguesia de Arzila, localidade onde se situa a Reserva Natural do Paul de Arzila, de onde é retirada, durante os meses de verão, a matéria-prima necessária à elaboração destas esteiras.
A prática secular da tecelagem destaca-se no último dia da iniciativa (20 de outubro), com oficinas dedicadas à Tecelagem de Almalaguês, conduzidas pela Herança do Passado – Associação, que convidam à descoberta deste património vivo e identitário de Coimbra. A atividade decorre durante todo o dia, das 09h00 às 18h00, na Liga dos Combatentes.
O Município prossegue, assim, com a implementação de uma estratégia conjunta e articulada, de continuidade, com medidas concretas associadas, para o património cultural imaterial e as artes e ofícios tradicionais no concelho de Coimbra, através da incorporação de várias propostas neste universo, nas suas múltiplas manifestações, com representatividade, escala e impacto no concelho e na região.
