Carla Santos é presidente da Junta de Freguesia dos Carapelhos. Foi presidente da Assembleia de Freguesia dos Carapelhos e depois tesoureira do executivo liderado por Gabriel Pinho.
Nesta entrevista que deu recentemente ao Jornal da Gândara, esta contabilista de profissão fala da sua atividade como autarca, defende a requalificação do salão da Junta, e não só.
Fique para ler.
Foi presidente da Assembleia de Freguesia, tesoureira do executivo e é agora a presidente da Junta. Foi difícil a mudança?
Estas funções são completamente diferentes.
Depois deste tempo passado, sente que o seu mandato tem sido positivo?
Sim, é positivo. Acho que é positivo. São maneiras de trabalhar diferentes, temos ideias diferentes. É positivo, quer para mim, pessoalmente, quer para a equipa. A equipa foi escolhida a dedo, é a equipa que pude escolher.
O povo da freguesia é um povo unido quando a autarquia precisa dele?
Quando é preciso, eles estão lá. São pessoas que gostam de ajudar.
A Confraria Nabos e Companhia dá muita força à freguesia? Como a vê?
Com muito orgulho. Vi a confraria a nascer. Tenho imenso orgulho na confraria. E nas outras associações. Quando começou a ser pensada, acho que ninguém tinha bem a noção que chegasse a este nível. A este patamar. Ouvir falar da Confraria Nabos e Companhia como uma das melhores deixa-me muito orgulhosa. Não só por ser presidente da Junta, mas por ser uma confraria da minha terra. E com o produto das minhas origens.
Pode-se dizer que há uma freguesia dos Carapelhos antes da confraria e outra freguesia dos Carapelhos depois da confraria?
Eu não era dos Carapelhos, só vim para cá depois dela ser fundada.
Mas tem essa noção?
Sim. Pode-se dizer-se que a confraria veio trazer muita dinamização. Quer à freguesia, quer ao próprio concelho. Não temos dúvidas sobre isso. Veio muita gente aqui. A confraria projetou Carapelhos de uma forma, com uma dimensão, que nem todas as associações o conseguem fazer.
No seu trabalho como presidente da Junta de Freguesia, há alguma coisa que tenha feito que se destaque?
Vamos fazendo pequenas coisas. Tentamos dinamizar algumas ao nível da cultura, como concursos de fotografia e de poesia. Também gostaríamos de fazer outras coisas, mas… o orçamento é curto. Vamos fazendo o possível.
Tem algum projeto pensado para fazer até ao fim do mandato?
Temos vários, sim.
Há alguns de que queira falar?
Um deles é a requalificação deste salão. Não só neste concelho, como noutros concelhos, não há um espaço assim, com esta dimensão. E estamos a pensar requalificá-lo. Depois, temos aí também alguns projetos, mas não é fácil arranjar mão-de-obra para os executar. Há muito trabalho e as pessoas vão dizendo: vamos falando, vamos falando. O que é certo é que o tempo vai passando e as coisas não saem do projeto. Mas, temos aí mais dois ou três projetos pequenos que gostaríamos de ver feitos.
Sente que a Câmara Municipal de Mira está de alma e coração com a freguesia dos Carapelhos, em termos de apoios?
Nós esperamos sempre mais deles. Nós gostaríamos de ter sempre mais apoio deles, mas… quando precisamos de alguma coisa eles têm-nos apoiado.
De qualquer modo, há por cá muito boa vontade, certo?
Sim. Nós somos uma Junta pequena e as coisas são feitas com a boa vontade de toda a gente.
Como mulher sente que a sua vida social mudou? É mais conhecida?
Sim, sou mais conhecida.
Isso traz-lhe mais responsabilidades como mulher?
Não. Mantenho a minha postura.
E não lhe subiu o poder à cabeça?
Não. Não. Muito pelo contrário. e nem vejo isto como uma questão de poder. É uma questão de gosto pelas nossas origens e gosto muito do que estou a fazer.