NÃO HAVIA NECESSIDADE
Estava eu a descansar, que isto de fazer uma crónica semanal dá-me cá uns calores, quando a Suzete entrou esbaforida e gritou: “Então não sabes a melhor? Uma empresária cá do sítio organizou um almoço para colaboradoras e convidados e convidou as autarquias, nomeadamente a junta respetiva e a câmara. E nenhum apareceu ou fez-se representar.”
Isso é mau, retorqui.
Ela voltou à carga: “Segundo me constou, a dita empresária ficou triste porque, acha, que não merecia esta falta de consideração.”
Não havia necessidade de fazerem uma coisa destas, disse eu.
NINGUÉM OS VIU
O partido que gere os destinos de Mira teve alguns presidentes ao longo dos tempos na sede do município. Dois já morreram, dois ainda andam por cá.
Mas, na tomada de posse do novo presidente, ninguém lhes pôs a vista em cima.
MUDANÇAS
Ouvi dizer que o novo edil mirense terá afirmado que iam “acontecer algumas mudanças.”
Ainda não vislumbrei nenhuma. Mas, deve ser porque ainda a procissão vai no adro.
MUITA ESTRELA, POUCA CONSTELAÇÃO
NO dia 30, vimos um número de gente de fora muito significativo.
Segundo a Suzete, “foi muita estrela, mas pouca constelação.”
O PRAZER DA POLÍTICA
Por cá há muitos personagens que, entre os eleitos e os partidários deste ou daquele partido, fazem mais politiquice do que política.
Falta-lhes o prazer da política.
CANDIDATOS A, B, C
Estive a pensar. Já vos passou pela cabeça que se as listas fossem elaboradas por ordem alfabética havia sempre quem fosse atirado para o fim da lista, quando habitualmente ocupa os primeiros lugares?
Primeiro o A, depois o B, depois o C e os L, M, P e T lá teriam que ir para o fim do pelotão.
Seria muito complicado para as aspirações de alguns.
Até acho que haveria sempre alguém a mudar legalmente de nome para não perder o barco.
EM 2025, COMO SERÁ?
Ainda faltam 2 anos e tudo pode acontecer, desde listas dos partidos do costume e listas dos mais novos, até ao chamados independentes que, geralmente, de independentes não têm nada.
Deixo-vos, leitores, com esta pergunta: EM 2025, COMO SERÁ?
Patty Diphusa nasceu nas terras de Mira em 1974 e um dia, quando todos estavam distraídos, meteu pés ao caminho e foi por aí. Hoje, atenta ao que se passa na terra onde nasceu, vai vendo e vai escrevendo sobre coisas que vão surgindo. Sobre coisas que a rodeiam.