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CAIXA DE PANDORA #30

Patty Diphusa DESTAQUE

Um dia destes a Suzete telefonou-me para irmos dar uma volta por aí.

E fomos. A caminho da Praia de Mira, ela perguntou-me: “Estás por dentro do que tem vindo a passar-se desde há anos na Videira?”

Disse-lhe que não sei quase nada disso, só que fui ouvindo.

Ela disse ainda: “Se queres assunto para a tua crónica, informa-te. Podes procurar na Internet um artigo que eu li em tempos e que foi escrito pelo diretor adjunto deste jornal. Chama-se 365…e, olha, não me lembro do resto.”

Já em casa, fui procurar e encontrei. “365.550 Metros quadrados” é o título.

Logo no início, o articulista escreve que “ao longo dos anos, a palavra baldios andou nas bocas do mundo com muitos a não saberem do que se fala e poucos a falarem do que não sabem” e, mais à frente, continua dizendo que “para os mais atentos, a questão dos baldios na freguesia da Praia de Mira (sobretudo na Videira Sul) é um assunto arrumado já que existem neste lugar 365.550 metros quadrados de terreno que estão registados em nome da Câmara Municipal de Mira.”

Pensei que, perante esta afirmação, estava tudo dito.

Mas, continuei a ler: “Para os mais distraídos, a coisa não é assim tão líquida, pois lá vão acreditando nas comissões de compartes (o nome nem sempre é este) guiadas pelos discípulos de um conhecido advogado de São Pedro do Sul que confunde as Terras do Demo com a Praia de Mira.

Muitas decisões judiciais e recursos depois, esperam a maioria do povo que a coisa tenha uma solução para muito breve e que não se continue a perder tempo. Repor a legalidade daqueles terrenos ocupados para benefício próprio e negando, assim, o espírito e o objetivo da Lei dos Baldios, é tarefa que os munícipes esperam do executivo municipal.”

Pronto. Não sei o que foi feito pelo “dono do terreno” e muito menos sei em que pé está a coisa. Aguardemos.

Uma outra coisa anda a incomodar os políticos cá da terra. Segundo me apercebi, andam por aí alguns militantes e simpatizantes dos dois maiores partidos em…”contramão.”

Até quarta-feira, abraços.

Patty Diphusa nasceu nas terras de Mira em 1974 e um dia, quando todos estavam distraídos, meteu pés ao caminho e foi por aí. Hoje, atenta ao que se passa na terra onde nasceu, vai vendo e vai escrevendo sobre coisas que vão surgindo. Sobre coisas que a rodeiam.

 

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