Hoje acordei a magicar e a dar voltas à cabeça por causa dos incolores.
Não sabe quem são?
Eu explico:
São aqueles que mudam de cor conforme as conveniências.
Sem entrar no grupo daqueles que hoje fazem parte de uma lista e amanhã de outra, eu também pertenço a esse grupo, quero lembrar os que, devido a uma promessa extraordinária, mudam o seu sentido de voto, mesmo que costumem apregoar “eu sou deste partido desde pequenino.”
Depois existem aqueles que votam no candidato X porque “O MEU PRIMO TRABALHA NA CÂMARA.”
As eleições autárquicas ainda estão longe mas, eles já se preparam para desfraldarem uma bandeira no jantar-comício do partido Y, hoje, e desfraldarem outra no jantar-comício do partido J, amanhã.
Estes são sempre de quem ganha. Gostem ou não da fronha do candidato.
A Suzete tem uma prima que trabalha lá na Casa Branca (ou seja na senhora câmara) e conta-me que “aquilo lá dentro anda de cortar à faca já que anda tudo a apalpar terreno porque acreditam que pode aparecer uma “vaga de fundo” e a coisa mudar de cor.”
“A tua prima não estará a inventar”, digo eu.
A Suzete garante: “A minha prima tem os olhos bem abertos, daí…”
Na mesa da pastelaria do costume, ouve-se um opositor da atual maioria “laranja” vociferar: “Esperem para ver, o rosa vai começar a dar.”
“Sonhar alto ainda é permitido”, atira a Suzete.
Até quarta-feira, abraços.
Patty Diphusa nasceu nas terras de Mira em 1974 e um dia, quando todos estavam distraídos, meteu pés ao caminho e foi por aí. Hoje, atenta ao que se passa na terra onde nasceu, vai vendo e vai escrevendo sobre coisas que vão surgindo. Sobre coisas que a rodeiam.