Augusto Miranda é deputado municipal eleito nas listas do CHEGA e foi candidato na lista do partido nas últimas legislativas. Escuteiro, é professor estando atualmente na Escola de Portomar.
Nesta entrevista, o autarca, que foi militante do PSD, e inclusive candidato à presidência da Junta de Freguesia dos Carapelhos, diz que “se fez militante do CHEGA em janeiro de 2020 e, entretanto, fizemos uma reunião em Coimbra com todos os membros das concelhias e o desafio do partido era concorrer ao maior número possível de autarquias” e, assegura, “não foi fácil.”
“Aqui em Mira”, frisa, “teríamos que arranjar um candidato à câmara e um para a assembleia municipal e tentar concorrer ao maior número de freguesias possível. Portanto, achei que não seria a pessoa indicada para concorrer á câmara, pois achei que podia ser visto como uma revanche por ter vindo do PSD.” E, continua, “achei ser mais importante concorrer à Assembleia Municipal.”
Augusto Miranda lembra que, na altura “ainda pensei em arranjar alguém para concorrer à Assembleia Municipal e comecei a ter alguma dificuldade e, assim, propus à Distriatal o meu nome que foi aceite.”
Acrescenta que “ficámos com o menino nas mãos pois, perguntámo-nos, quem é que íamos apresentar à Câmara? Tínhamos alguns nomes em cima da mesa, houve algumas rejeições, na altura o partido não tinha a força que tem hoje, muitas pessoas disseram que se fosse por outro partido até aceitavam, mas, pelo CHEGA não. O Guimaro foi uma das pessoas que foi sondada e aceitou de imediato.”
Rogério Guimaro surgiu, diz o nosso entrevistada, “com muita energia e e, a partir daí, começou a ser montada a candidatura. Confesso que não foi um processo fácil, não só pela inexperiência do partido nestas lides, era um partido bastante jovem, mas também pela minha inexperiência como candidato, a inexperiência do Guimaro, e pelos obstáculos que foram criados ao CHEGA nas discussões e por alguma rejeição de algumas pessoas.” e, na altura, acrescenta, “não tínhamos grandes referências. Apenas a candidatura presidencial do Dr. André Ventura que teve 500 votos aqui em Mira.”
A lista para a Câmara Municipal não elegeu Rogério Guimaro e, a lista da Assembleia Municipal viu Augusto Miranda ser eleito.
E, hoje, depois deste tempo todo, em que é deputado municipal, Augusto Miranda refere que dar “o melhor que posso com os meios que tenho. O trabalho que tenho feito é reconhecido pelo partido bem como pela população que, cada vez mais, vem ter comigo. Muitas vezes, sou abordado pela população para levar este ou outro assuno à Assembleia Municipal. Sinto que tenho maios apoio da população.”
Sobre aquilo que vem levantando na Assembleia Municipal, acha que “as coisas não são olhadas com olhos de ver. Tenho a impressão de que não, não vemos o executivo a integrar propostas do CHEGA que me parecem válidas, inteligentes e bem elaboradas numa perspetiva de defender as populações. Acho que deviam aceitar as propostas do partido. Mira começa a ser exceção. Vgos e Cantanhede aceitaram propostas do Chega.”
Como 2025 já não está tão longe assim, será que o nosso entrevistado já pensa nas próximas autárquicas? Ele diz “não, não penso”. E adianta que, “neste momento o partido não está focado nas autárquicas.”
Estava, sim, frisou, “focado nas legislativas” que aconteceram a 10 de março e onde Augusto Miranda foi o número 7 na lista candidata pelo Círculo Eleitoral de Coimbra que fez eleger 2 deputados.
Depois, diz o deputado único da Assembleia Municipal, “temos as Eleições Europeias, e as autárquicas de 2025 estão dependentes destes resultados e, não tenho pretensões nenhumas e nem sequer me passa pela cabeça.”
Adianta que “não estou na política por lugares, não estou na política por tachos. A política é uma coisa que eu gosto, é uma coisa que me dá prazer.”