Sabemos que para ganharmos a confiança das pessoas e notoriedade na sociedade depende muito do nosso comportamento no percurso de vida.
Podemos, até, não agradar a alguns dos nossos vizinhos apenas porque somos diferentes, uns bichos raros na nossa maneira de ser. Há sempre quem não simpatize com alguém que não seja como ele, que não faça as mesmas coisas . Porém, sobre nós, esses vizinhos jamais dirão algo que nos prejudique naquilo que é essencial no nosso percurso de vida: na nossa rua, no bairro ou na Freguesia.
E se, para a ganhar ,é muito difícil, perdê-la é um instante.
Este principio é semelhante ao estado da nação.
Aos poucos aquilo que nada nos dignifica nem à sociedade, começou a ser autorizado, banalizado e até a ser visto e tido como certo.
Uma outra sociedade começou a ganhar terreno pelo Norte da Europa e recentemente nasceu em Portugal o Climáximo, que reúne os chamados activistas em defesa do clima.
Os mesmos onde vale tudo e nada mas começaram a ter relevância. Isto, porque ferir susceptibilidades, dá perda de votos. Como ninguém se atreve a contrariar os meninos, eles imbuídos em protestos a que chamam “acções climáticas”, vão partindo montras, cortando estradas ou ruas e sujando obras de arte, impunemente, ou quase.
Se nos reportar-mos à uns vinte anos atrás e fizermos uma comparação, depressa constataremos as diferenças para pior.
Actualmente vemos que, as forças da autoridade, pela sua forma de actuação não são o melhor exemplo perante os cidadãos. Na forma como nos abordam, como nos tratam e como são prepotentes e fazem voz grossa, quando o contrário seria o correcto e surtiria mais efeito..
Sabemos que, por sua vez, eles não têm os poderes que deviam ter. Uma força da autoridade deve merecer o maior respeito o mesmo que eles deve oferecer para com a população.
Se espraiarmos o olhar pelo país o cenário que vemos não é nada confortável. A rebaldaria existente em muitos bairros, com a policia a ser corrida a fogo, ou à pedrada, transmite fraqueza e insegurança, e não devia ser assim.
Se esses focos de instabilidade não forem erradicados, os gangs, continuarão a controlar os bairros e ruas e o futuro sempre a piorar.
Nas ruas, às portas dos bares e discotecas onde a lei do silencio é simplesmente ignorada para desespero dos moradores, os crimes acontecem e o tráfico de droga também.
Ou ver festas em vilas e cidades em que ás quatro da manhã começam as atuações dos DJ até o dia romper, tantas delas patrocinadas e licenciadas pelos Municípios, porque sabem que ali estão os seus potenciais eleitores, perturbando aqueles que pretendem, apenas, descansar.
E os festivais de música de Verão?
Outra praga paga tantas vezes com chorudos subsídios das câmaras.
Perante este negro quadro, e para reversão do mesmo, tem que haver uma política eficaz, concertada entre o Governo e os Municípios, sem alçapões nem excepções, para que Portugal tenha futuro seguro e saudável, e não seja um país a caminho do descontrolo total.
Candemil a 16 de Julho de 2024
José Venade
(José Venade não segue o actual acordo ortográfico em vigor)