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A ARTE NO LUSO E BUSSACO EM ABRIL PELA MÃO DA ADERNO: EXPOSIÇÕES E O INÉDITO FILME “MATA DO BUSSACO”

DO OUTRO LADO

Abril será um mês de pintura e de cinema no Luso e no Bussaco com as diversas propostas desenvolvidas pela Aderno – Associação Cultural, em colaboração com o Município da Mealhada, a Fundação Mata do Bussaco e a Junta de Freguesia de Luso. O destaque vai para a exibição do filme “Mata do Bussaco”, dia 20 de abril, atribuído a Hans Berge, pioneiro do cinema norueguês, um filme desconhecido até há pouco tempo, gravado na década de 1910 e que retrata duas realidades: a dos residentes que trabalhavam no Bussaco e a das elites que já escolhiam o local para passear. 

 

A última sessão do ENCONTROS – Curtas metragens Ciclo #últimavaga FILMar – Cinemateca Portuguesa será de curtas-metragens ao ar livre, na Mata Nacional do Bussaco e conta com o filme “Mata do Bussaco”, atribuído a Hans Berge, pioneiro do cinema norueguês, e que terá sido filmado na Mata Nacional do Bussaco entre o final da década de 1910 e o início da década seguinte. O filme, recentemente descoberto nos arquivos da Nasjonal Biblioteket na Noruega, mostra as tradições e as práticas da comunidade local, com crianças e mulheres a limparem a mata, mas também a elite que, então, já visitava a região. “Vemos em “Mata do Bussaco”, a surpresa do diálogo com a câmara, numa interposta relação com o que não se sabe que vai ficar e, contudo, com o tempo enquanto deposito de memórias coletivas e registos antropológicos e sociais de comunidades, práticas e lugares”, explica Tiago Bartolomeu Costa, responsável pelo projeto FILMar.  

“Mata do Bussaco” foi digitalizado e cedido pela Nasjonal Biblioteket em colaboração com o Norsk Film Institutt, integrado no projecto Filmar, da Cinemateca Portuguesa, apoiado pelas EEA Grants 2020-2024 em colaboração com o Norsk Film Institutt. O filme será acompanhado por uma série de curtas-metragens pensadas em diálogo com MATA DO BUSSACO e toda a envolvente desta projeção tão especial. 

 

Obscura Luz para ver antes e depois dos filmes

A noite inclui ainda a surpreendente exposição “Obscura Luz”, de Andrea Paz, Beatriz Neto, Flor Rabaçal, Inês Quente, Paulo Madureira e Sandra Teixeira, no âmbito da quinta edição da GRÃO- Residência de Criação e Investigação artística, que decorreu em outubro de 2023, em Albergaria a Velha, desenvolvida pela Associação Quinta das Relvas com o apoio da Aderno – Associação Cultural e faz parte do projeto e programação da Aderno – Associação Cultural desenvolvida em colaboração com a Fundação do Bussaco, o Município da Mealhada e a Junta de Freguesia de Luso.

A apresentação de “Obscura Luz”, na estufa principal da Mata Nacional do Bussaco, divide-se em dois momentos: um às 17h e outro às 22h, após a projeção, nos quais os artistas estarão presentes para nos guiar. Esta é a primeira apresentação dum corpo de trabalho que através da escuridão e da luz do ato criativo descobre a imagem ou o vazio da mesma através do exercício peripatético de exploração dum espaço e dum tempo balizados pelos dias de residência. 

A exposição poderá ainda ser visitada no domingo dia 21. Do Bussaco a exposição viajará até Lisboa, para uma apresentação no espaço da Sala Rosa da Rua das Gaivotas 6.

 

Baquete sobre tela: a arte nas monstras do Luso

No dia 18 de abril, o Luso será surpreendido com a arte a invadir as montras. A exposição “Banquete sobre tela” resulta do trabalho de mediação com a comunidade desenvolvido durante a Residência de Criação Aderno que a artista Mariana Gomes realizou, entre 2022 e 2023, na Mata Nacional do Bussaco, com apoio à criação da Fundação Calouste Gulbenkian. As obras apresentadas agora, nas montras da Vila de Luso, que tiveram como mote os alimentos e a pintura, foram realizadas durante uma série de oficinas de criação com as comunidades do Centro Social Comendador Melo Pimenta e o Centro de Tempos Livres do Luso, e dialogam com obras da própria artista. Assim, surgem agora as obras que refletem a +artilha entre a artista e a comunidade, nomeadamente com o Centro Social Comendador Melo Pimenta e o Centro de Tempos Livres do Luso. 

 

Programa

18 de abril l 15h00 l Inauguração de exposição

Banquete sobre tela | Mariana Gomes 

Exposição com a comunidade

Montras das lojas da Vila de Luso l De 18 a 25 abril 2024

 

20 de abril  l Mata Nacional do Bussaco | Estufa grande FMNB l Entrada Livre

“Obscura Luz”, de Andrea Paz, Beatriz Neto, Flor Rabaçal, Inês Quente, Paulo Madureira e Sandra Teixeira

17h00 Luz 

22h00 Escuro / após a projeção 

 

20 de abril l 21h00 l Mata Nacional do Bussaco | Espaço Educativo FMNB I entrada livre

“Mata do Bussaco”, de Hans Berger



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Projeto Encontros l FILMar – Cinemateca Portuguesa

A Mealhada fez, parte dos mais de 30 espaços, entre cineteatros, cineclubes e museus, que receberam, até final de abril, um total de cerca de 200 sessões FILMar, com 100 filmes, que atravessam o século XX, produzidos entre 1913 e 2007. As projeções apresentadas entre fevereiro e abril do presente ano, no Cineteatro Messias e agora na Mata Nacional do Bussaco, fazem parte dos mais de 10 mil minutos de património fílmico relacionado com o mar que, entre 2020 e 2024, foram alvo de restauro e digitalização pelo projeto FILMar – Cinemateca Portuguesa, com apoio do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), para o qual contribuem a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega. 

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